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Relatório aponta Mianmar, China e Irã como piores em liberdade religiosa


Notícias - Washington, 26 outubro.

O governo americano expressou hoje sua preocupação com a repressão religiosa em Mianmar (antiga Brimânia), China e Irã, e em outros países considerados menos restritivos, como Venezuela e Cuba, onde a liberdade de culto também é desprezada.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, apresentou hoje o relatório anual sobre liberdade religiosa, que analisa as restrições, abusos e melhoras para garantir a diversidade de culto e que serve como indicador para sua política externa.

Com um espírito de "diálogo" e "cooperação", como foi trasnmitido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em seu discurso am mundo muçulmano em junho, Hillary ressaoltou a necessidade de se fortalecer a tolerância e o respeito entre as diferentes comunidades, para garantir a estabilidade.

O relatório aponta novamente Mianmar, China e Irã como os países que cometem "severas violações" contra a liberdade religiosa, junto a outros como Sudão, Eritréia, Coréia do Norte, Arábia Saudita e Uzbequistão.

O documento destaca que a liberdade religiosa é "amplamente respeitada" na América Latina, com exceção de Cuba, e também faz referência aos impedimentos na Venezuela ao acesso de alguns missionários astrangeiros a regiões indígenas.

Os EUA afirmam que apesar de a Constituição cubana reconhecer o direito dos cidadãos a professar a fé que quiserem com "respeito à lei", o Governo "segue impondo" restrições, e o Ministério do Interior vigia as instituições religiosas, que devem se registrar obrigatorimente no Ministério da Justiça.

No caso da Venezuela, reconhece que o Governo "geralmente" respeita a liberdade de culto, embora os grupos religiosos, " da mesma forma que outros que criticam o Governo", podem ser objeto de "assédio" e "intimidação", e lembra as críticas do presidente venezuelano, Hugo Chávez, aos bispos católicos e ao Núncio Apostólico.

Já como casos positivos, o relatório assinala os avanços em países como o Brasil, que inaugurou uma linha telefonica para receber denúncias sobre discriminação religiosa.

O relatório destaca ainda que maiores abusos acontecem em países com "estritos regiumes autoritários", que querem controlar as religiões como parte de um controle mais amplo da vida civil, como em Mianmar, onde ser budista continua sendo um requisito para ser promovido em cargos públicos.

No caso da China, a Constituição protege as "atividades religiosas normais" e, sob esse adjetivo as autoridades têm uma ampla margem para decidir o que é "normal".
O governo se opõe à lealdade aos líderes religiosos de outros países e regiões, como o papa e o Dalai Lama, e o relatório ressalta a "severa" repressão aos tibetanos e os uigures, alegando extremismo religioso e até terrorismo.

Já o Irã é uma nação islâmica na qual rege a sharia (lei islâmica). Sua Constituição assegura o respeito a outros grupos desta religião, além de cristãos e judeus, que estão protegidos como moinorias. No entanto, na prática, a retórica e a ações do Governo do presidente, Mahmoud Ahmadinejad, constroem "uma atmosfera de ameaça" para os grupos não xiitas, em particular para os muçulmanos sufis, os cristãos evangélicos e os judeus, que são intimidados e perseguidos.

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